Rondônia - 28 de Setembro de 2024

PROCURADOR DENUNCIA SENADOR VALDIR RAUPP POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO

OGLOBO, 27/09/2016 12h15

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BRASÍLIA — O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) e mais duas pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva num dos inquéritos da Operação Lava-Jato. Como se trata de um parlamentar, o caso está no Supremo Tribunal Federal (STF).

O relator é o ministro Teori Zavascki. Ele vai agora elaborar um voto em que aceita ou rejeita a denúncia, e levar o caso para a Segunda Turma do STF, composta por mais quatro ministros. Eles vão decidir por maioria se o caso tem continuidade ou é arquivado. Caso a denúncia seja aceita, o inquérito é reautuado como ação penal e Raupp passa da condição de investigado para réu.

Janot também denunciou Maria Cleia Santos de Oliveira, assessora de Raupp, e Pedro Roberto Rocha, cunhado do senador. A Procuradoria Geral da República (PGR) não divulgou a íntegra da denúncia.

Em junho, a Polícia Federal (PF) concluiu seu trabalho de investigação no inquérito e indiciou Raupp por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo recebimento de R$ 500 mil da construtora Queiroz Galvão. Os recursos teriam sido desviados da Petrobras e repassados por meio de doação eleitoral ao diretório rondoniense do PMDB, durante a campanha de 2010. O caso foi relatado por três delatores da Lava-Jato: o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef, e o lobista Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano.

Em nota, Valdir Raupp disse que "jamais compactuou com qualquer ilícito e que a doação em questão foi feita, diretamente, ao Diretório Estadual do PMDB de Rondônia, como demonstra todos os documentos". Afirmou ainda que todas as doações em 2010 foram efetivamente declaradas e suas contas de campanha aprovadas pela Justiça Eleitoral. Finalizou dizendo que confia na Justiça, que as provas são frágeis e que demonstrará ser inocente.

Em junho, o indiciamento de Raupp foi suspenso por Teori, por entender que a PF não tem poder para isso quando se trata de parlamentares. Mas ressalvou que a medida não trazia prejuízo à regular conclusão do inquérito. O indiciamento de parlamentares pela PF é matéria polêmica. Apesar disso, não tem efeitos práticos, uma vez que em nada interfere na decisão da PGR em denunciar ou não o investigado. O próprio Janot é contra a possibilidade de deputados e senadores serem indiciados pela PF.

Além desse inquérito, Raupp é investigado em outro, junto com mais 38 pessoas. Trata-se do processo da Lava-Jato no STF com o maior número de investigados. Nesse caso, apuram-se os crimes de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

 

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